segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Sintonia para pressa e presságio
Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Sôo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.
Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.
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Esta é uma poesia marginal, devido ao modo que era transmitida (por meio de pichações, divulgação nas ruas, universidades...). Era muito comum na época da ditadura.
ResponderExcluirO poema fala da repressão e do desejo do poeta de expressar seusa sentimentos livremente.
Thayse
Pois é, na época do regime militar usava-se muito a poesia marginal que era transmitida por cópias mimeografadas, eram pendurados em "varais", jogados do alto de edifícios ou até distribuídos de mão em mão.
ResponderExcluirNeste poema Paulo Lemiski quis falar sobre a sua vontade de expressar seus sentimentos livremente.
Larissa